sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
100 anos da Física das partículas
100 anos de grandes descobertas
No dia 21 de novembro de 2013, realizaram-se duas palestras
sobre "120 Anos da Física de Partículas", com Pedro Abreu, professor
do Instituto Superior Técnico e investigador do LIP. As palestras decorreram na
Biblioteca Municipal e na ESML, no âmbito das comemorações dos 120 anos do
nascimento de Maria Lamas e da Semana da Ciência e Tecnologia, com a
participação de cerca de 120 alunos da Escola Básica Manuel de Figueiredo e da
Escola Secundária Maria Lamas. No final da palestra foi construída uma câmara de
nuvens e na Biblioteca Municipal esteve exposta uma câmara de faíscas, para
detetar muões cósmicos.
Prof. Nelson Correia [aqui]
Imagens da última sessão, realizada na ESML
A palestra
A preparação da atividade experimental
Observação das evidências da passagem da radiação cósmica
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Maria Lamas à frente do seu tempo
Maria Lamas nasceu em Torres
Novas, em 1893, estudou no Colégio Religioso Jesus, Maria e José, da vila torrejana,
foi jornalista, escritora, tradutora, e ativista política, completando portanto
este ano o 120º aniversário, se estivesse no meio de nós.
Mulher de personalidade invulgar,
oriunda de família burguesa, cedo começou a estudar línguas, formação que lhe
havia de possibilitar a tradução de livros como “Memórias de Adriano” de
Marguerite Yourcenar. Viveu em Luanda, na altura em que o marido ali cumpria uma
missão militar, e, divorciada, acompanhou sempre a educação das filhas.
Maria da Conceição Vassalo e
Silva da Cunha Lamas já este ano foi homenageada pela câmara de Vila Nova de
Famalicão, com as chamadas “Conferências de Primavera”, que se realizaram em junho,
no Museu da Indústria Têxtil, com a participação de especialistas no estudo da
vida e obra da escritora, provenientes de várias instituições académicas.
Foi colaboradora de vários jornais
e revistas como “Correio da Manhã”, ”Época”, “O Século”, “A Capital”, “Diário
de Lisboa”, “A Joaninha” e “A Voz”. Dirigiu “Modas e Bordados”, suplemento de
“O Século” e teve como objetivos chegar às mulheres trabalhadoras, pelo que esteve
ligada ao MUD, Movimento de Unidade Democrática e ao Conselho Nacional das
Mulheres Portuguesas, com atividade política e cultural de grande destaque.
Depois de ter sido várias vezes
presa pela PIDE, tendo passado quatro meses incomunicável, viu-se obrigada ao exíiio
político, vivendo então sete anos em Paris, onde conheceu Marguerite Yourcenar,
com regresso em 1969, aos 76 anos. Foi Presidente Honorária do Movimento
Democrático das Mulheres e condecorada com a Ordem de Santiago e Espada e com a
Ordem da Liberdade.
Servindo-se de alguns pseudónimos
como Rosa Silvestre, são de destacar como títulos mais conhecidos da sua vasta
obra, que vai da literatura infantil à etnologia e mitologia, “As Mulheres do Meu
País”, “A Mulher no Mundo” e “O Mundo
dos Deuses e dos Heróis”.
Em Torres Novas foi atribuído o seu
nome à Escola Industrial de Torres Novas, pelo cinquentenário da sua
existência, passando então a designar-se Escola Secundária Maria Lamas.
Messias
Martinho
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Aula aberta com o professor Messias (18.10.2013)
Na sua apresentação, Messias Martinho de Oliveira, professor de Português aposentado, salientou que "às vezes somos capazes de mais coisas do que à partida julgamos poder fazer". Pôde confirmar, ao longo dos seus 66 anos de vida, que o" mundo dá muitas voltas" e que nunca devemos desanimar.
"Comunicar" significa "pôr em comum", palavra que se aplica a Maria Lamas, na medida em foi uma defensora da paz, da harmonia, da verdade, da igualdade e da felicidade do ser humano, em particular das mulheres. O professor concluiu a sua apresentação com a apresentação dos alunos, tendo convidado uma aluna e um aluno a fazerem-no: identificando-se, apresentando as suas preferências extra-escolares e as suas expectativas para a vida.
Tendo em conta as dificuldades que marcaram tantos períodos históricos, nomeadamente aquele em que Maria Lamas viveu, o professor Messias deteve-se nos aspetos positivos da nossa portugalidade. Temos os melhores vinhos e azeites, o maior lago da Europa, auferimos de uma das maiores zona económicas exclusivas da Europa, muito superior em dimensão ao território continental. Destacou inevitavelmente a importância da nossa língua, uma das mais faladas no mundo, com um elevado valor económico e que produziu marcas indeléveis em culturas tão distantes, como é o caso do Japão ou da Índia. O país, contudo, não consegue tirar partido destas riquezas. O professor aconselhou os alunos a envolverem-se politicamente, em qualquer partido, a serem exigentes e a agirem, não se limitando a deixar as decisões para outrem. O alheamento e a destruição são "atitudes fáceis"; o que é difícil é construir.
Destacou um conjunto de lemas, que pronunciou em latim, como "Mare nostrum magnum" - o nosso mar é imenso - e outros que traduzimos livremente, nomeadamente:
Para se chegar ao alto tem que se fazer sacrifícios;
Mente sã em corpo são;
A lei é dura, mas é lei;
O melhor entre muitos (pelas vias corretas);
A fortuna protege os audazes;
Cheguei, vi e venci;
Usufrui da vida (só temos uma vida).
Messias Martinho teceu elogios à Exposição patente na BMGPL, referindo-se à forma como ali se expõe a vida de Maria Lamas.
A patrona da nossa escola é uma figura ímpar, tendo sido considerara a "mulher mais completa do séc. XX". Para que os alunos entendessem melhor a razão de tal afirmação, o professor Messias levou os alunos a recuarem no tempo, a um período sem televisão nem telemóveis, marcado por duas guerras mundiais, pelas agruras do quotidiano e pela censura. Oriunda de uma família da burguesia torrejana, a ação de Maria Lamas estendeu-se à tradução, ao jornalismo, tendo sido uma das primeiras mulheres jornalistas, à literatura para adultos e crianças. Maria Lamas foi uma humanista convicta, tendo afirmado, já no final da vida, marcada por tantas adversidades, como o exílio e a prisão, estar convencida de que "as únicas coisas que valem a pena na vida são sonhar e lutar".
Por fim, o professor Messias desejou que não sucedesse aos alunos o que se deu com o Cavaleiro Andante de Antero de Quental:
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Aula aberta com o prof. Natal da Luz (07.10.2013)
Conversámos com o Dr. Natal da Luz, professor de História aposentado, à saída da aula aberta com o 9B, sobre a abordagem que teve com os alunos.
O professor referiu ter contextualizado a Maria Lamas no Portugal da época, o Estado Novo, salientando a sua luta em defesa dos direitos das mulheres e em prol da liberdade, da democracia e da dignidade da pessoa humana. Procurou também mostrar como no Portugal da época os governantes procuravam reduzir a mulher à condição de mãe e quase escrava do marido e dos filhos. Chamou igualmente a atenção para o facto de, ainda nos nossos dias, as desigualdades continuarem a existir mormente no acesso à educação em muitas zonas do globo.
O professor referiu ter contextualizado a Maria Lamas no Portugal da época, o Estado Novo, salientando a sua luta em defesa dos direitos das mulheres e em prol da liberdade, da democracia e da dignidade da pessoa humana. Procurou também mostrar como no Portugal da época os governantes procuravam reduzir a mulher à condição de mãe e quase escrava do marido e dos filhos. Chamou igualmente a atenção para o facto de, ainda nos nossos dias, as desigualdades continuarem a existir mormente no acesso à educação em muitas zonas do globo.
Um dos livros utilizados no ensino primário no Estado Novo
Exemplo de um texto do livro escolar da primeira classe, em que se alude à educação das meninas e ao papel da mulher na sociedade.
Exemplo de um outro texto do mesmo livro, em que se evidencia o papel do homem enquanto chefe e sustento da família.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Exposição «SEMPRE MAIS ALTO - MARIA LAMAS»
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